Encolhidos, garantimos a PERMANÊNCIA em zona confortável onde a rotina habitual favorece alguma segurança e talvez, poucas alegrias.
A outra opção gera, em um primeiro momento, um outro tipo de "zona", nada confortável. Um rebuliço interno nos deixa completamente sem chão a tatear no escuro e com a sensação nítida de perda de quase todos os referenciais.
Gosto de comparar esse processo ao da esquizofrenia, onde tudo se parte, mas que, diferentemente da patologia, tende à integralidade em um momento adiante. É preciso paciência e aceitação. Acolhimento de si e até mesmo choro livre e compreendido.
Ninguém poderá viver isso por outra pessoa. Cada processo é único e intransferível. A caminhada rumo à maturidade é longa e solitária, mas no meio da estrada é possível sim, encontramos pessoas no mesmo estágio de crescimento, capazes de nos ofertar a mão.
Um outro ponto aqui é fundamental ser citado. Cada momento de transformação individual exige o exercício do desapego, pois várias pessoas ficarão paralisadas no meio do caminho e por mais que as amemos, o nosso processo não nos deixa parar e nem seria justo.
A PERMANÊNCIA nesse momento tem outro significado. O de SER permanente no amor, independente das tempestades, dos desafios. Passados os momentos mais intensos, onde o chamado interno nos coloca de frente com o que quer que queiramos esconder de nós mesmos, tudo se reacomoda e, surpreendentemente nos tornamos fortes novamente e começamos um novo preparo para mudanças futuras. Somos quase os mesmos de antes, só que mais inteiros, mais humanos, mais maduros e o mais fantástico nesse novo SER que desponta é a capacidade de compreender e amar que se expande junto com sua alma.
Obrigada universo pelo dom da vida!
Boa noite!
Ana Virgínia - 10 de dezembro de 2013
6 de mar. de 2014
O estado de permanência
Quando a vida clama por mudança dois caminhos são possíveis: estagnar em um canto da sala ou meter o pé na porta e invadir o cômodo ao lado.
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