O muro da Depressão.

Não há dúvidas sobre a importância e influência dos pais na primeira infância de um indivíduo.

Mergulhando no inconsciente.

Muitas pessoas têm receio de fazer psicoterapia.

Um olhar para a depressão

A depressão é diferente do estado deprimido, o qual pode ser resultado de fatos corriqueiros

Tirando a poeira debaixo do tapete

Você sabe que algo não vai bem, mas não sabe como criar espaço para dizê-lo

As relações não curam todas as carências

“Nós escrevemos scripts para outras pessoas encenarem, mas esquecemos de lhes comunicar isso”.

Transtorno do Pânico

A síndrome do pânico enquadra-se no conjunto de transtornos de ansiedade

16 de out. de 2013

"Eu quero uma casa no campo..."


 
Meu canto é assim: cheio de branco a refletir todas as cores, sons de animais, folhas em atrito, mensageiro dos ventos e gargalhadas infantis. Ele exala odor de mato, incenso, terra molhada, corpo com cheiro de Sol, café e bolo assando. Tem gosto de brisa entrando pela janela enquanto bailam as cortinas de fino tecido, de chinelinho descansando frente à poltrona onde também repousa um livro aberto, lido pela metade e sob os óculos. Meu canto inspira paz, amor e a certeza de que os melhores dias são o resultado de um ontem vivido e refletido, de um hoje comedido e um amanhã desejado. Em meu canto cabem tantos sonhos, tanta música e poesia que a poeira visita, mas não faz moradia. Há tanta luz que mesmo à noite não passeiam monstros. Quem chega fica se é do bem e naturalmente se afasta se não o for. Ali pulsam estrelas, pirilampos, vagalumes e ninfas e os deuses o cercam em ritual protetor. Em meu canto já foram derramadas lágrimas, tantas quantas necessárias para meu sorriso se fazer Astro Rei. Nele também cabe o silêncio que cala fundo, apesar das badaladas do velho relógio pendurado na parede. Meu canto é cama pronta para deitar, com lençóis banhados em lavanda. É fogão aquecido para alimentar, banheira de água límpida para aquietar as dores da alma. A esse lugar, todos têm acesso, mas poucos conseguem ficar, pois é necessário muito mais do que vontade para permanecer. Há de se manter afinado com a melodia que vem lá de dentro do sótão, inspirar o odor intangível à matéria e flutuar levemente, tentando sempre e cada vez mais, transpor as imposições do ego.

Ana Virgínia Almeida Queiroz

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Travessia

Sim, é tempo de travessia. Momento para rever, chorar e reeditar a própria história. 

  Sim, é tempo de se desfazer do excesso que mesmo sem utilidade, seguramos por puro apego e medo.

  É hora de olhar para trás e ser grato por tudo, reconhecer falhas, até lamentar, mas recomeçar sempre, seja o que for o dia de amanhã.

  É o instante exato de olhar-se no espelho e ter a certeza de que ali, naquele reflexo, está seu verdadeiro e melhor amigo!
Ana Virgínia Almeida Queiroz
 

Que seu par...


 
 
Que o seu par seja seu espelho e o sendo,
reflita o que de melhor e pior existe em você e os refletindo,
lhe possibilite crescimento pessoal e crescendo,
que construam juntos uma relação cada vez mais recíproca e afetiva, livres do eco...

Ana Virgínia Almeida Queiroz
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Superfície

Assim mesmo!

 Não é bem o que está por fora que causa dor ou provoca arrebentação com o impacto. É o submerso, captado por sentidos diferenciados da matéria. Recebido com a boca do estômago, digerido com dificuldade, causando por tempo indeterminado frustração, ansiedade e desconforto.

 A vantagem de quem se conhece? As crises duram bem menos tempo e o espaço entre elas aumenta a cada degrau de amadurecimento... e, ainda assim, vale tropeçar...

Ana Virgínia Almeida Queiroz
 

Aconchego da alma

Qual o assombro? Há momentos em que voltar-se para dentro faz-se necessário. É a chamada da essência, tentando conscientizar sobre a necessidade de pausa, revolvendo sentimentos e mensurando potenciais. 

  É a alma solicitando aconchego em momento único e até mesmo egoísta.

  E quem disse que é fácil? A concha, embora rígida ou impenetrável, não comporta a força transgressora das emoções. Talvez, por essa mesma razão, a abertura é fundamental... para que se renove ar, a luz e o som, favorecendo a ressignificação.

Bom dia para quem amanheceu encolhido em seu mundo, imerso em seu próprio labirinto...

Ana Virgínia Almeida Queiroz
 
 

Sobre o tempo

Porque o tempo constrói, mas também destrói convicções tão mais mecanismos de defesa do que a manifestação genuína de uma essência humana.
Porque o tempo reconstrói, usando ruínas como base para reestruturar certezas que em algum momento também necessitarão ser revistas...
... e assim caminhamos... como ondas ao mar que trazem e levam para longe lembranças, sentimentos que estruturaram uma existência.

Ana Virgínia Almeida Queiroz

Formação da ansiedade nas relações

Mensagens truncadas, paradoxais, incoerentes com as atitudes, falta de linearidade na comunicação, desqualificação e malícia são alguns dos ingredientes essenciais para a formação de ansiedade naquele que busca perdidamente compreender e preencher lacunas em uma relação.
A longo prazo e desestabilizado emocionalmente em razão de frustrações frequentes, surge progressivamente, uma marionete humana insegura, fragilizada e em risco psíquico.

Ana Virgínia Almeida Queiroz

Encontros

 
E acredite... existe alguém que se encontra no mesmo ponto da estrada em que você está. A caminhada reserva longos trechos solitários, mas também te surpreende com vagalumes.
Um dia, teu olhar aflito pousará subitamente sobre o olhar daquele que, assim como você, angustiado buscava atracar a alma. Esse processo dinâmico e vital merece ser vivido intensamente e permanecerá favorecendo novos (re) encontros com seres que, com você, marcharão em direção a LUZ!

Ana Virgínia Almeida Queiroz

Alinhamento

 
Alinhemo-nos!
A lucidez transcende a razão, rompe os limites da matéria!
Sintamos!
A emoção movimenta, faz o sangue e a energia circularem!
Permaneçamos mesmo fluindo!...
Que a correnteza nos conduza para onde nosso desejo necessitar aportar...

Ana Virgínia Almeida Queiroz

A espiral da vida


Quando finalmente compreendemos que a vida assemelha-se à uma espiral, entendemos a razão pela qual, sentimentos deixados em algum ponto da estrada retornam, nos forçando um olhar sobre fatos e pessoas que os auxiliam a deixar as profundezas do inconsciente, atingindo novamente a superfície.
Descemos a espiral, fazemos resgates, ressignificamos e subimos novamente, ou seja, se o que nos atormenta é recorrente, talvez a descida não esteja sendo produtiva. Um mergulho consciente em cada degrau descendente é certeza de que, mais adiante, a conquista de degraus para cima ocorrerá...
 
 Ana Virgínia Almeida Queiroz
 

"Erótica é a alma"

 
Compartilhando esse texto que casa bem com várias reflexões elaboradas e devidamente sentidas na última semana. A grande sabedoria é não estacionar na racionalização sobre o tema, mas perceber-se renovando a cada dia... Ontem eu disse: Onde há amor, a vida se renova. Hoje o post caiu no meu colo. SINCRONICIDADE VIRTUAL?

Ana Virgínia Almeida Queiroz

"Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão p...
esar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos.
Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios; erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores."

"Erótica é a alma", por Fabíola Simões- blog "A soma de todos os afetos"

Expansão





E chegará, para todos, o momento em que clama por expansão a alma! A ânsia de abandonar as velhas vestimentas e abrir o peito para o chamado do universo dentro de si mesmo.
Nesse ponto da estrada, meus amigos, apenas três opções se apresentarão: o crescimento baseado no amor, a loucura ou a comunhão entre eles...
Ana Virgínia Almeida Queiroz

Florescer


 
 
E vamos tirando forças de onde aparentemente não há, leite de pedra e amor da dissimulada indiferença. Felicidade é momento e não expectativa, presente e não passado, real muito real. Fundamental abrir os olhos e ver além do aprendido ressecamento afetivo, sempre há razões para florir!

Ana Virgínia Almeida Queiroz

A curva


 
(...) Entendo o medo como um ingrediente de forte expressão para todo processo de mudança e reflexão sobre o entregar-se às possibilidades. A curva entraria como elemento que desperta tal sentimento, especialmente por ser desconhecido o que vem depois dela. E como saber se não nos enfronharmos naquilo que sugere o desapego do "controle"? Novamente nos deparamos com as questões referentes ao apego à zona de conforto, à realidade limitada de nós mesmos e a não exploração do universo que se esconde internamente!

Ana Virgínia Almeida Queiroz

"Por onde andei..."


 
A favor do tempo, os sentimentos são atemporais e possibilitam novas oportunidades de resgate e ressignificação. Maduros, mas os mesmos em essência. Indescritível ver o velho conhecido através de um olhar perdido como pedrinha que ficou em algum ponto da estrada. Volta-se! Resgata-se e vive-se sentindo a vibração da vida que corre no corpo e que teima (ainda bem), de tempos em tempos, em mostrar que o mais valioso no caminhar são os sentimentos que saltam pelos poros, aceleram os batimentos cardíacos e nos fazem engolir seco, cada sensação despertada pelo inusitado.

Ana Virgínia Almeida Queiroz

Sobre o amor

 
E quando você menos espera, está amando. Mas amando MESMO! Amando com a serenidade de que tanto falam os sábios, os mais experientes. Amando porque conseguiu finalmente se libertar da prisão egóica que fazia com que você se visse no olhar do outro e só a si mesmo que se via, assim... como Narciso! Amando sem as armadilhas da paixão pela própria criança, carente, ferida e internalizada como escrava da dor imputada pelo abandono, pela necessidade de ser aceita e reconhecida como boa. Amando como o ar que penetra lentamente no organismo, presente em cada célula, se percebendo elemento fundamental no fechamento de um ciclo energético e essencial para o encontro com o que de melhor pode haver dentro de si. E de repente... quando você menos espera... está amando. Mas amando mesmo! Quase do jeito cristão de SER!

Ana Virgínia Almeida Queiroz

Psicólogo não nasce pronto.



 
Aos treze anos eu já sabia a profissão que queria. Aos quinze já estava, a pedido meu, em tratamento. Esse processo iniciado ainda na adolescência parou (e não arriscaria dizer que para sempre) em setembro do ano passado, faltando um mês para os meus 38 anos.

Além do acompanhamento com psicólogos, estudei muito, li demais e escrevi mais ainda. Se hoje sou uma psicól...
oga de sucesso, carismática e sensível (definições de vocês e não minhas) só tenho algo a revelar: isso é fruto de muito trabalho interno, muita vontade de crescer e ser melhor a cada dia.
Essa versão que vocês "conhecem" não é original. Já fui remexida, revirada, acolhida, destroçada e remendada - nada mais natural para quem quer compreender e ter a coragem de conduzir outras pessoas por esse mesmo caminho. Se estou inteira e melhor é porque confiei na competência de profissionais preparados do ponto de vista técnico e emocional. Minha cabeça vale ouro, sempre soube disso e por esta razão não poderia entregá-la a alguém que a deixasse do mesmo jeito ou pior. A condução para o abismo de mim mesma tinha que ser feita por alguém que me transmitisse credibilidade e que tivesse se permitido expandir a própria consciência para então me dar a mão e me auxiliar na expansão também da minha.
Não tenham medo de psicólogos, mas saibam escolher. Ele irá com você somente até onde ele foi e isso significa dizer que: das profundezas da alma à superficialidade do ego, transitam inúmeros profissionais - você escolherá aquele que melhor se encaixar às suas necessidades de crescimento.

Feliz dia aos pacientes que nos "obrigam" à capacitação para melhor acolher.

Ana Virgínia Almeida Queiroz
CRP: 01-7250

Autoconhecimento

 
E se objetivas conhecer-te, saibas o quão doloroso e solitário é o processo de autoconhecimento.
Transitar nessa jornada, apesar dos obstáculos, das pedras, do tempo ruim, liberta-nos, pois nos conduz ao conhecimento sobre a verdade de nós mesmos, nossos limites, nossa capacidade de sentir e SER.
Ninguém nos acompanha. Alguns ainda estão estagnados, outros tomaram caminhos diferentes, alguns mais lentos, outros mais à frente... o importante é seguir adiante e sempre!

Ana Virgínia Almeida Queiroz

Sobre as relações

 
REFLETINDO SOBRE AS RELAÇÕES (só isso!)

Sabe o tipo de pessoa que não demonstra o menor interesse por você?
Que o silêncio sugere estratégia de manipulação e existência do medo?
Que a indiferença é mais uma forma de agressão do que ausência de sentimento e assim fica caracterizada porque a pessoa é mais apegada à raiva do que ao amor? ...

Pois é... sem ciúmes, sentimentos de preterição ou qualquer coisa dessa natureza...

DEIXE IR!
DÊ DE GRAÇA!

A palavra é: RECIPROCIDADE (sem isso nem perca o seu tempo)!

Ana Virgínia de Almeida Queiroz

Moça 2

 
 
Bela, ela, adormecida. Entorpecida pelas células literárias. Em seus sonhos, devaneios dançam, formam-se caminhos rumo ao inconsciente. Pontos luminosos circundam sua memória, deixando um doce hálito ao amanhecer. O hálito dos cultos, dos sensíveis e sensuais... 

 Ana Virgínia Almeida Queiroz

Moça

...da varanda ela podia ouvir o som que as folhas faziam ao se chocarem entre si, enquando duravam as lúdicas brisas...
E de forma branda o sol vinha beijar-lhe o corpo, enquanto ela internamente questionava-se sobre o que gostaria de fazer no segundo seguinte à sensação de pertencimento, com tudo o que a envolvia naquele cenário... talvez uma xícara de café se encaixasse perfeitamente na mesa sob leve toalha... seu plácido corpo lhe daria a resposta.

Ana Virgínia Almeida Queiroz

O remo

O remo além de ter me despertado uma grande paixão é um dos esportes mais completos no tocante ao fortalecimento muscular e à expansão da capacidade respiratória. Ao contrário do que muitos pensam, o esporte em comento envolve principalmente barriga, glúteos e pernas - ...70% e 30% para braços, costas e peito (ideal para as mulheres).

Mas o interessante não é só isso. O esporte envolve muita concentração para que possamos articular de forma harmoniosa movimentos entre braços, tronco, pernas e mãos. O olhar frontal deve ser constante, muito embora o resultado dos movimentos leve o barco para trás. Isso me remete às experiência de retorno ao passado sem a perda do foco no presente e no futuro - dinâmica muito comum nos processos psicoterápicos.

Deslizar sobre as águas, algumas vezes espelhadas e brandas, outras vezes revoltas, me auxilia na administração da ansiedade, ressignificando as condições internas, sem desqualificar as externas. Estar centrada, em posição assertiva é o que efetivamente dá impulso às pernas para lançar-me em qualquer direção que leve ao verdadeiro crescimento (seja muscular ou emocional).

Ana Virgínia Almeida Queiroz

Convite

 
 
Um frio, um livro, um aconchego, uma bebida quente e a ânsia por um abraço literário.
Letras compondo notas sinápticas e uma melodia a abrandar o burburinho da corrida rotina.
Sentimentos e sensações em busca de um encaixe perfeito.
Ciência dando sentido ao inexplicavelmente vibrante, desconcertante.
Um toque na campainha e um convite para cair na noite, letra a fora...
 
Ana Virgínia Almeida Queiroz


"Andar com fé..."


"Andar com fé eu vou
Que a fé não costuma falhar... " Gil Gilberto

Acordar, olhar pela janela e deixar-se motivar pela revoada que prossegue, independente de asas quebradas, patas tortas, bico rachado ou olho furado... respirando, tomando café e seguindo em frente - mesmo que isso signifique dar pausa para mensurar novas formas de agir.

CAFÉ E ATITUDE SÃO TÃO BONS E EFICAZES SE TOMADOS NA HORA CERTA!
 

Ana Virgínia Almeida Queiroz

25 de ago. de 2013

Um pouco do escrevente emotivo


Estes seres definidos por uns como gênios, por outros como lunáticos são mãos que escrevem mais como coração do que com a razão. Sequiosos pelo conhecimento das coisas, dos sentimentos, das pessoas e detentores de ideias latejantes, são inquietos. Mente e corpo trabalham incessantemente produzindo dança em seus psiquismos. 

 Os cinco sentidos vivem em harmonia, muito embora não se possa afirmar que este pro...
cesso aconteça de forma consciente, o que os tornam abertos às experiências e às sensações. Não se esquivam em vivenciar aquilo que as horas lhes apresentam. Permitem que a vida os conduza à inspiração por sensações diversas, manifestas em sons, cores, gosto, cheiro e toque.

 Não. Eles não chegam a ser levianos. Vivem simplesmente. Encaram a beleza e a lógica, a dor e o amor. Reciclam, criam, ressignificam. Sempre fluídos e intensos.

 Escrevem sobre si e sobre os outros. Misturam histórias, inventam outras tantas. São criativos porque trazem o hábito da leitura, da escuta de uma boa música, do diálogo saudável. Na infância certamente brincaram e conversaram "sozinhos", favorecendo a dinâmica da percepção sobre o que acontecia dentro de si mesmos. Esse processo, com a maturidade, os encaminha para dentro de outras pessoas.

 Um talento extra corpóreo os auxilia a captar vibrações e a escrevem o que imaginam ou quem sabe, a realidade. Julgam poeticamente o que, muitas vezes, os tornam carismáticos pela sensibilidade de dizer sem ferir.

 Aqueles que escrevem nem sempre querem ser compreendidos. Amam o que fazem e se realizam com a sintonia entre sentimentos, mente e mãos. Serem lidos é um detalhe e se assim não fosse, desistiriam da escrita com as primeiras críticas dos que não alcançam suas essências.

Não se deve perder tempo tentando entender o ser escrevente pelos seus textos. É como montar um Frankenstein literário. O interessante aqui é sentir tudo o que ele tenta reunir em linhas, pois trata-se de uma compilação de conhecimentos adquiridos por toda uma vida (relações, frustrações, alegrias, amores, temores, leituras, estudos e contato com as artes).

Também pode ser definido como "profundo" e é verdade! Fala do escuro da alma e das luzes do universo. Às vezes provoca assombro, outras plenitude. Ele reflete aquilo que todos trazem dentro de si, mas que se perderam quando se entregaram ao mecanicismo dos dias que direciona à busca infindável do TER e não do SER.

Ana Virgínia Almeida Queiroz

20 de ago. de 2013

Maturidade & Café

 
A gente bem que podia nascer com quase 40!
Fácil, fácil resolvemos os problemas com uma boa xícara de café e um "Esse conteúdo emocional é seu e não meu. Não o projete em mim por gentileza"!
Discutir a relação? Traz café!
Preguiça? Traz caf...
é!
Falta de imaginação? Café!
Tristeza? Qual o quê?
Sol? Café!
Frio? Qual a dúvida?

Maturidade com café cai muito bem! O néctar adoça os anos, promove a pausa, esquenta, acelera o raciocínio e auxilia na compreensão instantânea de que o melhor ainda é e sempre será a simplicidade saboreada gota a gota!
Boa tarde e ao trabalho!

Ana Virgínia Almeida Queiroz

Silenciar

E de repente... pausa no diálogo e o som do grilo ecoa no ambiente. O sonoro e metafórico "cri, cri, cri" deixará alguém eufórico.
 
Ansioso por calar ruído delatador da impotência que julga possuir, faz com que, angustiado e impetuoso, ofereça respostas saciadoras de necessidades sabe-se lá se próprias ou alheias. Perde-se! Autoriza o controle! Entrega o ouro!

 Deixe o grilo cantar! Se alguém tiver que se arrebentar, que sejam as cordas vocais do imaginário e simbólico bichinho!
 
Ana Virgínia Almeida Queiroz
Psicóloga / CRP: 01-7250

Permanência

O mundo é tão mais colorido quando permanecemos na crença da inocência.

 A palavra de ordem para o dia é PERMANÊNCIA!

 Sorrisos apesar da dor e depois de tê-la chorado o quanto mereça.

Amor apesar das limitações alheias quanto à reciprocidade...
Respiração apesar da ansiedade.

Silêncio apesar dos apelos para que fujamos de nós mesmos, nos perdendo nas diversas formas de compulsão.

Permaneçamos leais à saúde e abraçamos a sombra com sabedoria e paciência. Em nossa essência será sempre ela, o caminho para a cura e o amor em sua expressão única e verdadeira - o amor por todas as criaturas!
Ana Virgínia Almeida Queiroz
Psicóloga / CRP: 01-7250

Despertar

O despertar às quatro da matina é a certeza de conteúdo elaborado durante o sono.
 
A compreensão de emoções que há dias passavam pela fresta do inconsciente para o consciente.
 
 
Um turbilhão de antigas lembranças, comandos, profecias autorrealizáveis e padrões copiados sem nexo algum teimavam um descarrilar.
 
 
Competições, sentimentos de menos valia não mais nos levam a estados deploráveis e depressivos. Tornaram-se sim, ferramentas indispensáveis no desvio das manipulações.
 
 
Ana Virgínia Almeida Queiroz
Psicóloga / CRP: 01-7250

Elogio




Elogio une e adoça, engrandece ou dá energia (dependendo da dosagem).
Aqui ou acolá sejamos caridosos! Um elogio pode ser como bálsamo na dor de alguém. É alimento para a alma. É reconhecimento, valorização.
Elogie mesmo imaginando que o outro vá utilizá-lo irresponsavelmente - isso deverá ser irrelevante para você. Um elogio enobrece e pode até iludir, mas uma pitada de fantasia não mata ninguém.
Para o bem ou para o mal é também uma das melhores formas para se conhecer o caráter de alguém.

Ana Virgínia Almeida Queiroz
Psicóloga / CRP: 01-7250

A verdade liberta

"Não conseguimos ir muito longe quando tentamos fugir da verdade contida em nós. Ela sempre nos acompanha nessa fuga, provoca dores, empurra-nos às ações das quais nos arrependemos depois, fortalece nossa confusão e enfraquece nossa autoconsciência. Mas quando a enfrentamos, temos finalmente a oportunidade de saber o que ocorreu, o que faltou e o que nos conduziu a uma vida emocionalmente vazia."

Alice Miller

14 de ago. de 2013

O Lado Obscuro de cada um de Nós - Carl Gustav Jung

"Passou no seu casamento por aquilo que é quase um facto universal - os indivíduos são diferentes uns dos outros. Basicamente, constituem um para o outro um enigma indecifrável. Nunca existe acordo total. Se cometeu algum erro, esse erro consistiu em ter-se esforçado demasiadamente por compreender totalmente a sua mulher e por não ter contado com o facto de, no fundo, as pessoas não quererem saber que segredos estão adormecidos na sua alma. ...
Quando nos esforçamos demasiado por penetrar noutra pessoa, descobrimos que a impelimos para uma posição defensiva e que ela cria resistências porque, nos nossos esforços para penetrar e compreender, ela sente-se forçada a examinar aquelas coisas em si mesma que não desejava examinar. Toda a gente tem o seu lado obscuro que - desde que tudo corra bem - é preferível não conhecer.
Mas isto não é erro seu. É uma verdade humana universal que é indubitavelmente verdadeira, mesmo que haja imensas pessoas que lhe garantam desejar saber tudo delas próprias. É muito provável que a sua mulher tivesse muitos pensamentos e sentimentos que a tornassem desconfortável e que ela desejava ocultar de si mesma. Isto é simplesmente humano. É também por este motivo que tantas pessoas idosas se refugiam na própria solidão, onde não serão incomodadas. E é sempre sobre coisas de que elas não desejariam estar muito cientes. O senhor não é, obviamente, responsável pela existência destes conteúdos psíquicos. Se, apesar disto, ainda for atormentado por sentimentos de culpa, reflicta então sobre os pecados que não cometeu e que gostaria de ter cometido. Isto poderá eventualmente curá-lo dos seus sentimentos de culpa relativamente à sua mulher."

Carl Jung, in 'Cartas'


Reflexões dos leitores das Drágeas Psicológicas - via facebook:

"Que parte do espelho não quero ver? Minha esposa é meu espelho e eu o dela, queiramos ou não... Há uma cumplicidade mais completa quando existe um mínimo de liberdade no expressar tanto o que agrada quanto o que desagrada. Este último é campo minado na cognição humana, pisa-lo sem saber lidar com as explosões, ou o que seria melhor, evitá-las pelo mútuo acordo e prévio anúncio, é habilidade de poucos. "Torne o erro fácil de ser corrigido" disse um autor que hoje seria considerado "autoajuda" no sentido depreciativo embora quando escreveu isso o termo nem existisse nem essa, muitas vezes, ácida e elitista classificação também. Trata-se de Dale Carnegie, no livro "Como fazer amigos e influenciar pessoas" que eu considero um tratado prático do relacionamento humano. Assim as diferenças serão aceitas como parte de cada um e aquelas que forem espinhos para o outro, provavelmente será muito interessante que o portador de tais espetos veja que será muito bom para si, também, retirá-los. Nada fácil o exercício mas há um tempero que rege o processo, quando de sucesso: a vontade de viver. E isso inclui querer momentos felizes mais frequentes e o cultivar do hábito delicioso de se ver construindo mais sorrisos a cada dia...O que me impulsiona quando preciso superar um viés, particularmente confidencio, é o prazer de vê-la feliz ou a tristeza de não tê-lo feito."
 
Antônio Bedran
 
 
"Interessante o pensamento de que os idosos gostam de viver em sua solidão para "impedir" outros de entrarem em seus mundos e serem vistos como são, ou serem confrontados consigo mesmos. A fragilidade humana está no fato de que quanto mais o outro nos conhece, mais vulneráveis estamos de nós mesmos. É mais fácil a superficialidade dos atos do que a profundeza de suas consequencias. E voltamos a um assunto há muito abordado e que fecha um ciclo a respeito. Muitos são aqueles insatisfeitos com suas relações e que entram em depressão por não conseguirem achar alguém que possa corresponder seus sentimentos e, no entanto, será que estão à procura disso mesmo? Ser superficial é mais fácil de ser enfrentado porque não precisamos encarar medos e vulnerabilidades. Para ser profundo não basta somente uma troca de sentimentos mas a busca por um abismo que muitos não conseguem chegar, não por não quererem, mas talvez pela falta de preparo e pela solidão que muitos preferem viver...."
 
Caroline Kitayama


"Quando nos esforçamos demasiado por penetrar noutra pessoa, descobrimos que a impelimos para uma posição defensiva e que ela cria resistências porque, nos nossos esforços para penetrar e compreender, ela sente-se forçada a examinar aquelas coisas em si mesma que não desejava examinar." Especialmente esse trecho considerei especial. A reflexão de Carl Jung serve não somente a casais, mas aos indivíduos, as pessoas estão atualmente mais distantes e quando se aproximam geralmente nos lançam suas "verdades absolutas". Esquecemo-nos que fazemos parte de um Todo, mas ainda possuimos a individualidade que é tão especial quanto as digitais Divinas o são, respeitar o outro mesmo desejando conhecê-lo melhor, é ir devagar, lembrando sempre que o termo Eu Sou, é mais profundo que as superficialidades da vida viciada no externo, é olhar mais para dentro, mesmo sem querer ver, enfrentar as próprias sombras, pois só assim conheceremos melhor a natureza humana e teremos como nos aproximar mais do outro. Excelente texto!"

Paula Nobre
 
 
"[Sobre o insight de Caroline Kitayama] - Talvez a linguagem dificulte também... Quando a aspiração é por elevação e não por "profundidade" quem sabe o esforço da subida ou o "sofrer" do caminhar íngreme não seja relativisado pela expectativa da vista mais ampla, da consecução em si? Há um Guardião no Umbral, diziam os Antigos. Em seu simbolismo, triado por milênios nas associações e arquétipos ao que o Homem vai tendo acesso e/ou construindo eles pareciam dizer: "cuida de teu mental, atrelado demais ao sensório pois ELE é o verdadeiro inimigo que "guarda" o Portal cujo traspasse o ameaça."

Antônio Bedran
 
 
 
"Bonitinho, mas não sei se concordo com tudo. Ultimamente tenho preferido a solidão, mas não por defesa contra que os outros podem despertar em mim e eu não queria ver, é pra não ter que aguentar gente burra mesmo, rsss, limitada pelos condicionamentos padrão do sistema, incapazes de enxergar em si um potencial Divino e ilimitado. Na verdade sinto é que eu tenho incomodado e como quero viver na minha paz, prefiro me afastar pra não bater de frente, isso gera muito desgaste. É preciso cuidado ao se comprar integralmente uma idéia, ainda que ela tenha sido dita por alguém genial. De olho em nós, nas nossas sombras e na dos outros também, rssss. Já dizia Jesus:ORAI E VIGIAI!"
 
Mônica Bonates Feijó

 
"Esse final matou, hein?! Quem muito culpa os outros é porque não cometeu pecados o suficiente..."
 
Cibele Kamchen

11 de ago. de 2013

Reflexão para o dia dos pais...

ENCONTRE A FORÇA DENTRO DE VOCÊ!

O melhor dia dos pais é aquele em que finalmente podemos olhar adiante, libertos das exigências acerca do amor incondicional, cientes do nosso papel enquanto criaturas independentes emocionalmente, gratos pelas figuras que preencheram a ausência paterna durante nosso desenvolvimento psicoafetivo, felizes pela conquista do perdão, satisfeitos com o que nos tornamos, crentes de que conseguimos proporcionar à nova geração aquilo que não tivemos.
 
Feliz dia AOS pais, mas também às mulheres sem os maridos e aos órfãos (inclusive de pais vivos).

Também a ausência de figura tão singular nos encaminha!
Abramos os olhos para os presentes que a vida nos dá!

"Gracias" pela vida Pai!
 
Ana Virgínia

5 de ago. de 2013

Dance!

Eu poderia deixar o tempo correr, enterrando a dor de forma irreversível, mas eu não suportaria!
Eu poderia sorrir descontroladamente, camuflando o ódio, o ciúme, a inveja, mas eu não quero!
Eu poderia fingir a paz que não tenho só para parecer bem resolvida, mas eu não sei fazer isso!
Eu poderia mentir a vaidade, negar a luxúria, escamotear o orgulho, mas acho isso injusto comigo mesma!
Então só me resta a autenticidade, a convicção das minhas mazelas, o chafurdar no melhor e no pior da minha essência e libertar-me do que me acorrenta, ligando-me a qualquer coisa como o "coisa alguma"!

Ana Virgínia Almeida Queiroz 

Olho

O mapa das dores, dos amores, dos temores e das doenças. Palco de luzes e de sombras... um caminho de histórias... um livro sem desfecho!

Ana Virgínia em... olho meu!

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