26 de nov. de 2014

Equívocos sobre uma mulher sozinha

Nãããããõooooooo...

Mulher sozinha não é sinônimo de carência ou de amargura sem fim,
nem sinal de que tem temperamento difícil,
nem que está desesperada por sexo...

nem que irá roubar seu marido ou "abrir os olhos" de sua esposa.
 

A solidão feminina não guarda relação apenas com a capacidade, algumas adquiridas em razão das circunstâncias impostas por não ter um par, para girar parafusos (principalmente os da própria cabeça), matar baratas ou trocar pneu de carro.
 

Nem todas deixam de cuidar do corpo por não terem um homem para apreciá-lo e chamar de seu,
nem que está disponível para todo e qualquer tipo de investida... da mais simples ou tosca a mais sofisticada,
nem que trabalha feito louca e cuida dos filhos para não pensar em homem.
 

A mulher sozinha não tem dúvidas sobre o prestígio peniano que não possui e, nem por isso deixa de cavar o próprio espaço na sociedade sem auxílio masculino.
 

Não simboliza necessariamente, que está cega para o que é superficial com o intuito de se iludir e barganhar proteção e "amor" (não se deve subestimar sua inteligência).
 

E MUITO MENOS AINDA (exagerado assim mesmo), de que adora um choramingo vitimizado masculino. Ela deseja um companheiro, nem sempre um filho, ou mais um (no caso, problemático para piorar).
 

Ela pode sim...
 

ser seletiva,
 

silenciar,
 

mensurar,
 

rever decisões e afetos,
 

seduzir porque se ama (deu para entender? Primeiro um, depois o outro na ordem inversa),
 

curtir o travesseiro que por tantas vezes recolheu lágrimas e amá-lo mais do bomba de chocolate,
 

acolher com carinho e amizade elogios, "curtidas, cutucadas e comentários" e ter consciência de que isso ainda é muito pouco para o muito que ela construiu internamente e merece receber de um homem,
 

fazer o que quer e quando der vontade,
 

ceder quando quiser permitir-se conhecer alguém que esteja fora da "vala comum",
aceitar ou recusar convites sem medinho de nunca ter ninguém para partilhar o resto da sua vida,
 

sentir e dizer sim,
 

sentir e dizer não,
 

manter-se doce evitando os extremos do movimento feminista,
 

estar com a depilação em dia para si mesma... rá!
 

comer para ter saúde,
 

dormir bem e acordar melhor ainda,
 

não se importar se parecer antipática, bem resolvida, metida... algumas são mesmo e nem disfarçam.
 

Descobrir prazeres que alimentam o corpo e a alma e continuar seguindo sem a expectativa de um par em harmonia com suas conquistas e merecedor de sua imensa capacidade para amar.

"Capiche"?
Não são músculos, calvice, barriga, idade, cor ou credo... é essência!

Ana Virgínia Almeida Queiroz

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