Ter preguiça de sofrer guarda uma diferença considerável do medo de viver.
Há um espaço intangível, interno e psíquico que só quem tem muito amor a oferecer compreende e respeita esse processo no outro.
Esse espaço é percorrido e mapeado sabiamente, passo a passo, sem agonia e quase imune à preo...cupação quanto à urgência dos outros... Por isso também somos rotulados como egoístas.
O impaciente, leia-se: aquele que tem um ego maior que o prazer em construir, agonia-se, pressiona ou vai embora.
Por essa razão, muitos não entendem a "chatice" dos "madurões", que preferem a solidão à perturbação daqueles que, a todo custo, só desejam satisfazer as necessidades próprias, pegando carona no trabalho árduo que aqueles tem, meticulosamente agregado aos dias, em busca de si mesmos...
O viver para os SÁBIOS está além do agregar de forma imediata, "bens" que alentem vazios existenciais. Fixam-se muito mais nas pessoas do que nas coisas e administram muito bem a transitoriedade nas relações.
Sentem, vibram, acalentam as próprias ansiedades e sabem esperar.
Dor? Sim.
Crises bem mais e espaçadas e de menor durabilidade.
"Trem bão demais" virar gente grande!!!
Ana Virgínia de Almeida Queiroz
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